Filha é presa suspeita de roubar mais de R$ 720 milhões da própria mãe

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Uma mulher foi presa no Rio de Janeiro suspeita de aplicar um golpe milionário contra a própria mãe. Os valores ultrapassariam os R$ 720 milhões em obras de arte.

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Além de quadros dos pintores modernistas Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti, a filha teria roubado joias e efetuado transferências bancárias milionárias.

A idosa, de 82 anos, foi mantida em cárcere privado ao longo de um ano. Agentes do Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (DEAPTI) cumprem seis mandados de prisão.

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Segundo investigação, teriam sido roubadas e vendidas 16 obras. Uma galeria de São Paulo comprou três delas, com valor estimado em R$ 300 milhões. Duas delas ainda teriam sido vendidas para um Museu de Buenos Aires.

À polícia, o dono da galeria paulistana disse que não imaginava que as obras fossem roubadas, ressaltou que conhecia a família e que recebeu os quadros da filha da idosa.

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A mãe da suspeita foi casada com um colecionador e vendedor de arte. Após a morte do marido, a idosa herdou os quadros.

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De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, tudo começou quando a idosa foi abordada por uma mulher que alegava ser vidente. A idosa ouviu da mulher que a sua filha, que sofria de problemas psicológicos, estava muito doente e morreria em breve.

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A polícia afirma que tudo teria sido um plano armado pela própria filha. A idosa teria um lado místico e, por isso, teria sido convencida por essa suposta vidente a pagar por um tratamento espiritual.

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Entre os meses de janeiro e fevereiro de 2020, foram identificadas pelo menos oito transferências bancárias, que totalizavam R$ 5 milhões.

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Com o início do tratamento, a idosa foi isolada do convívio com familiares e amigos, e até mesmo os funcionários de sua residência foram dispensados.

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A idosa desconfiou da relação entre a filha e a suposta vidente e suspendeu o tratamento, mas passou a ser agredida e coagida.

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As únicas visitas recebidas eram homens que seriam capangas do grupo, que ordenavam constantemente que a idosa retomasse os pagamentos, tal como foi feito até a operação policial.

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– 16 quadros roubados: R$ 709 milhões – Joias roubadas: R$ 6 milhões – Pagamento dos "trabalhos espirituais": R$ 5 milhões – Transferência bancária sob ameaça: R$ 4 milhões – Total: R$ 724 milhões

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Ao todo, três quadros já foram recuperados pela polícia. Entre eles, a obra “Sol Poente”, de Tarsila do Amaral, que inclusive batiza a operação.

Polícia Civil do Rio de Janeiro / Divulgação

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