Jhonatan Cantarelle / Agência Saúde DF / Divulgação
Takeda / Divulgação
A primeira remessa da Qdenga, vacina contra a dengue, chegou nesta terça-feira (30) ao Rio Grande do Sul. Assim como outros estados, o RS enfrenta uma crise em função da doença – já são 92 mil casos confirmados até abril, frente aos 67 mil casos registrados em todo o ano de 2022, que, até então, tinha o número recorde.
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O Estado registrou 109 mortes pela doença apenas em 2024, superando todos os marcos da série histórica. Ainda não há definição de quando a vacina começará a ser aplicada no RS, conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES). Estima-se que o início da campanha ocorrerá na próxima semana.
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A Qdenga pode ser administrada em adultos, jovens e crianças, dos quatro aos 60 anos. O público-alvo na campanha do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde são jovens de 10 a 14 anos. Na rede privada, a vacina pode ser aplicada em todas as faixas etárias para as quais está indicada, mas está em falta.
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A orientação do Ministério da Saúde é de que, no Rio Grande do Sul, assim como no restante do país, o público-alvo da campanha de vacinação seja de jovens entre 10 e 14 anos. As cidades contempladas serão Porto Alegre, Alvorada, Cachoeirinha, Glorinha, Gravataí e Viamão.
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Ainda não há definição de quando a vacina começará a ser aplicada no Rio Grande do Sul, conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES). Estima-se que o início da campanha ocorrerá na próxima semana.
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Diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e médico pediatra, Juarez Cunha avalia que, nos dados de fase um, dois e três, a vacina se mostrou bastante segura, sem relato de casos de eventos adversos graves relacionados à ela. Ao mesmo tempo, houve um alerta do Ministério da Saúde, há cerca de um mês, sobre alguns registros de casos de alergia, o que deve despertar a atenção dos pacientes em relação a algum histórico de alergia a outras vacinas ou a algum dos componentes.
Em geral, é uma vacina segura, e os eventos adversos são aqueles habituais para as vacinas com essas características de vírus atenuado. Então, eventualmente, as vacinas também podem dar reações mais tardias por essa característica. Em geral, até 15 dias depois, um quadro de febre, mal-estar, dor no corpo, pode acontecer também, e esses sintomas mais tardios podem persistir, em geral, entre dois e quatro dias.
Juarez Cunha
Diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)
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— Hipersensibilidade ou alergia a qualquer componente da formulação ou após dose anterior de Qdenga; — Imunodeficiências primárias ou adquirida, incluindo terapias imunossupressoras; — Pessoas que vivem com o vírus HIV, sintomáticas ou assintomáticas, quando acompanhada por evidência de função imunológica comprometida;
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— Gestantes; — Mulheres de qualquer idade que estejam amamentando; — Pessoas fora das faixas etárias indicadas; — Presença de quadro febril agudo.
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A vacina é mais uma ferramenta disponível no combate à dengue, especialmente quando as estratégias utilizadas até o momento – e há décadas – podem ter contribuído, mas não conseguiram controlar a doença, que nunca teve números tão importantes como agora, frisa Cunha. O médico também ressalta que há outra vacina, do Instituto Butantan, em fase avançada de pesquisa, que pode vir a contribuir no combate.
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