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Vacina contra a varíola humana protege contra varíola do macaco? Existe tratamento? Especialistas esclarecem
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O surgimento de casos de varíola do macaco em países fora do continente africano tem deixado os órgãos de saúde em alerta nos últimos dias. O que chama a atenção não é propriamente a gravidade da doença, mas a sua disseminação em países da Europa, América e Oceania, visto que a doença é endêmica em partes da África Ocidental e Central.
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Ao Gaúcha Atualidade, programa da Rádio Gaúcha, o médico geneticista Salmo Raskin enfatizou que a infecção não é nova, mas que não se trata do mesmo vírus de varíola humana, erradicada há mais de 40 anos.
É um vírus parecido com o da varíola, mas obviamente não é igual. Até porque a varíola foi uma doença gravíssima, que matou centenas de milhões de pessoas durante um grande período de tempo. Ela foi erradicada do planeta. Em maio de 1980, foi declarada a sua erradicação, mas outros vírus parecidos com o dela, não tão graves, como esse vírus da varíola do macaco, permanecem circulando.
Salmo Raskin
Médico geneticista e membro titular da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica e da Sociedade Brasileira de Pediatria
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“Não protege 100%. Meio século se passou desde o momento que essas pessoas receberam a vacina. Vai caindo a proteção. Como a varíola deixou de ser um problema importante quando ela foi erradicada, não se fizeram mais estudos para ver se as pessoas que receberam essa vacina há 50 anos ainda têm anticorpos e células protetoras."
Salmo Raskin
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A doença se manifesta, inicialmente, por febre, dor de cabeça, dor nos músculos, dor nas costas, arrepios e cansaço e também pelo surgimento de linfonodos (ou ínguas). Esse último sinal chama a atenção por ser um dos sintomas que difere a varíola do macaco da varíola humana.
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Alguns dias depois dos primeiros sinais, vem um racho na pele, que geralmente começa na face e depois se espalha para o corpo todo, inclusive para os genitais, causando lesões contagiosas.
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Ocorre pelo contato próximo com pessoas que estão infectadas, pelo toque de pele ou pelo contato com gotículas que a pessoa exala quando tosse ou espirra.
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Segundo Raskin, a varíola do macaco é "incomparavelmente menos grave" do que o vírus da varíola humana em relação às mortes.
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Além de prevenir, a vacina é um tratamento altamente eficaz se aplicada nos primeiros dias após a contaminação pela varíola de macaco, reduz a possibilidade de a doença avançar para um caso grave.
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Ainda não é necessário, segundo Raskin. Por enquanto, imunizar as pessoas mais expostas seria suficiente.
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